Cirurgia reparadora reconstrói mamas parcial ou totalmente removidas para o tratamento do câncer de mama
Quando são diagnosticadas com câncer de mama, a maioria das mulheres precisa passar pela mastectomia, que retira totalmente um ou ambos os seios, ou pela quadrantectomia, que representa uma retirada parcial das mamas. Além de toda a carga emocional que a doença traz às pacientes, elas precisam lidar com a ideia devastadora de perder os seios, que estão entre as características mais marcantes do corpo feminino.
Felizmente, existem possibilidades de trazer de volta a autoestima dessas pacientes, como por meio da cirurgia de reconstrução mamária. O procedimento consiste na recuperação do volume e formato de uma ou ambas as mamas, seja por meio da utilização dos próprios tecidos da paciente ou por meio da colocação de próteses de silicone.
Quando é possível realizar a reconstrução mamária?
A reconstrução mamária é indicada para as mulheres que passaram pela mastectomia ou pela quadrantectomia. Nos casos em que a mastectomia é feita por causa do câncer de mama, a reconstrução pode ser muito importante para restaurar a qualidade de vida da paciente, uma vez que a saúde mental costuma ser muito abalada pelos processos de tratamento contra a doença.
A possibilidade da reconstrução deve ser considerada desde o início do tratamento, sendo discutida com o mastologista e com um cirurgião plástico, para determinar o quanto de tecido pode ser reconstruído de acordo com a necessidade de tratamento da paciente. A indicação é individualizada, mas, de modo geral, a grande maioria das pacientes que fazem a mastectomia ou a quadrantectomia podem fazer a reconstrução mamária.
CIRURGIÃO PLÁSTICO
Dr. Walter Matsumoto
CRM 112.144 - RQE 29.115
Como é feita a cirurgia de reconstrução de mama?
Como dito anteriormente, a cirurgia de reconstrução mamária pode ser realizada ainda durante a mastectomia, quando chamamos de reconstrução mamária imediata. Pode ainda ser feita de forma tardia, após a cicatrização ou após o tratamento. A escolha pelo momento da reconstrução pode ser feita de acordo com a avaliação e com o desejo da paciente.
Independentemente do momento de realização, a cirurgia de reconstrução mamária deve ser feita em ambiente hospitalar, com a paciente sob anestesia geral. A reconstrução em si pode ser realizada das seguintes maneiras:
- Prótese de silicone: tipo de reconstrução mamária mais comum, a prótese de silicone é colocada em substituição à glândula mamária. É possível escolher modelos de implantes que possibilitem que os seios recuperem boa parte do formato e do volume perdidos na mastectomia;
- Rotação de retalhos: neste tipo de cirurgia, são utilizados tecidos (pele, gordura e músculo) de outras áreas do corpo para reconstruir a mama;
- Expansores teciduais de mama: o expansor é um dispositivo semelhante a um implante vazio. Nesta técnica, o expansor pode ser colocado inteiramente sob a musculatura do tórax e, posteriormente, vai sendo preenchido no consultório aos poucos por soro fisiológico por meio de uma válvula. Dessa forma, a pele e a musculatura do tórax se expandem progressivamente e vão se adaptando até a possibilidade da colocação de uma prótese definitiva ou troca por um retalho. Geralmente, quando a reconstrução mamária é iniciada com um expansor tecidual, o resultado pode ser mais previsível e seguro;
- Lipoenxertia: o enxerto de gordura é muito utilizado na reconstrução mamária. As suas funções são: melhorar a qualidade da pele da mama após a mastectomia, adicionar volume extra às mamas para se somar ao volume de implantes e retalhos, tratar pequenas assimetrias entre as duas mamas e melhorar o contorno dos seios.
Nem sempre a reconstrução mamária será capaz de restaurar exatamente o volume e a projeção do seio de forma idêntica ao período anterior à mastectomia. Nesses casos, sendo do desejo da paciente e não havendo nenhum risco a ela, podem ser realizados procedimentos em ambas as mamas para que fiquem simétricas.
Além disso, a reconstrução mamária pode envolver a reconstrução da aréola e do mamilo, quando estes precisam ser retirados para o tratamento do câncer. O mamilo pode ser reconstruído com a pele da própria mama e a aréola pode ser reconstruída com micropigmentação (tatuagem).
Pré e pós-cirúrgico da reconstrução de mama
Como todo procedimento cirúrgico, a reconstrução mamária precisa de diversos cuidados em todos os momentos, desde o pré-operatório até o pós-cirúrgico. Como, muitas vezes, a cirurgia está associada ao tratamento de doenças como o câncer de mama, a presença da enfermidade também deve ser levada em conta nesses períodos.
Antes da cirurgia, é importante que uma avaliação minuciosa seja feita pelo cirurgião plástico e pelo mastologista, para avaliar a viabilidade da reconstrução mamária para a paciente, qual é o melhor momento de sua realização e qual técnica deverá ser realizada. Nesse momento, é importante levar em consideração também a opinião e o desejo da paciente.
Exames pré-operatórios são essenciais para avaliar o estado de saúde da paciente e se ela está apta a realizar a cirurgia de reconstrução das mamas. Os principais exames são os de sangue e os cardiológicos, entre outros que o médico julgar necessários. O uso de medicamentos pode ser suspenso ou ajustado, e é recomendável parar de fumar 30 dias antes do procedimento.
O pós-operatório da reconstrução mamária requer uma série de cuidados para que a recuperação transcorra sem complicações, tais como:
- Tomar medicamentos prescritos pelo médico para controle de sintomas como dor e desconforto, que são comuns no começo da recuperação;
- Usar sutiã pós-cirúrgico;
- Não expor a área operada ao sol;
- Manter repouso relativo no primeiro mês, evitando atividades físicas e dirigir;
- Manter alimentação equilibrada e beber bastante água;
- Tomar cuidado com os movimentos realizados pelo braço, evitando movimentos bruscos e elevá-los acima dos ombros;
- Manter contato com o médico e continuar adequadamente todos os tratamentos recomendados.
Riscos da reconstrução mamária
Como qualquer outro tipo de cirurgia, a reconstrução mamária tem alguns riscos que precisam ser considerados para a sua realização. Ainda que a maioria não seja frequente, principalmente quando todas as orientações são seguidas, é importante conhecê-los. Sendo assim, os principais riscos da reconstrução das mamas são:
- Hematoma;
- Problemas na cicatrização;
- Assimetria das mamas;
- Problemas com o implante, como a contratura capsular, ou com os tecidos transferidos;
- Infecções no local operado.
Cirurgião especialista em reconstrução de mama
Como vimos, a reconstrução mamária é um processo muito importante no tratamento para o câncer de mama, uma vez que é uma possibilidade de trazer de volta a autoestima e a autoconfiança tão perdidas durante o tratamento dessa enfermidade.
Por isso, é importante que o procedimento seja realizado por um cirurgião plástico especialista nesse tipo de tratamento. O médico deve estar preparado para, em conjunto com toda a equipe, acolher a paciente em todas as etapas de sua jornada para proporcionar a ela a melhor experiência possível.
O Dr. Walter Matsumoto é especializado em cirurgias reparadoras, tendo realizado muitos procedimentos e estudos sobre reconstrução mamária em sua carreira. A Clínica Walter Matsumoto de Cirurgia Plástica conta com total estrutura para acolher essas pacientes em todos os processos do tratamento, ajudando a trazer autoestima e autoconfiança para esse momento tão difícil.
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Fontes:
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA)