A cirurgia, que pode ser realizada em crianças, é o único procedimento capaz de corrigir as orelhas de abano
A aparência das orelhas é um motivo comum de preocupação entre as pessoas, por serem estruturas extremamente notáveis na composição do rosto. Por esse motivo, pessoas com orelhas proeminentes ou assimétricas podem ter a autoestima e autoimagem afetadas.
Com a finalidade de aprimorar o contorno e o posicionamento das orelhas em relação ao rosto, a otoplastia é uma cirurgia plástica que pode contribuir para a melhora da autoestima de pessoas em qualquer idade. É também conhecida como “cirurgia de orelhas de abano”, por, na maioria dos casos, ser indicada para corrigir o problema.
Quando a otoplastia é recomendada?
Como dito, a otoplastia é principalmente indicada para corrigir as orelhas proeminentes, conhecidas popularmente como “orelhas de abano”. Na maioria dos casos, o problema tem origem congênita. Não afeta a audição, mas pode trazer prejuízos à autoestima do indivíduo, que pode sofrer desde a infância com o julgamento por parte de outras crianças e até mesmo de adultos por causa da aparência do rosto.
Além disso, a otoplastia também pode ser indicada nos casos a seguir:
- Malformações congênitas das orelhas;
- Assimetria das orelhas;
- Deformidades causadas pelo uso de brincos e alargadores;
- Nódulos benignos e quelóides;
- Alterações causadas por traumas.
CIRURGIÃO PLÁSTICO
Dr. Walter Matsumoto
CRM 112.144 - RQE 29.115
A partir de que idade a cirurgia pode ser realizada?
Homens e mulheres adultos podem realizar a cirurgia de otoplastia em qualquer momento de suas vidas. No entanto, um dos principais benefícios desse procedimento é a sua realização na infância, a partir dos sete anos de idade, quando a criança geralmente apresenta as condições necessárias para realizá-la.
Pré-operatório da otoplastia
O pré-operatório da otoplastia se inicia a partir das primeiras consultas com o cirurgião. Em pacientes infantis, o cirurgião deverá, antes de tudo, avaliar se o amadurecimento do pavilhão auditivo é suficiente para a realização do procedimento.
Tanto em crianças quanto em adultos, é importante a realização de exames laboratoriais e de imagem para garantir que o estado de saúde do indivíduo o faz apto para a cirurgia. Além disso, é importante se atentar aos medicamentos de uso contínuo, que podem ser suspensos dias antes do procedimento, caso o médico julgue necessário.
A presença de qualquer doença deve ser comunicada ao médico, principalmente aquelas que aparecem nos dias anteriores à cirurgia. No dia da otoplastia, pode ser recomendado jejum de, pelo menos, 8 horas antes do procedimento.
Como é feita a cirurgia de orelhas?
A otoplastia é uma cirurgia cuja complexidade varia de acordo com o problema a ser tratado, mas, de modo geral, é vista como um procedimento simples. A cirurgia deve ser realizada em ambiente hospitalar, com anestesia geral (mais comum para as crianças) ou anestesia local com sedação.
O primeiro passo da cirurgia é a incisão na parte posterior do pavilhão auditivo para que seja reposicionado, no caso do tratamento das orelhas proeminentes. Pode ser feita a retirada de parte da cartilagem, como nos casos que necessitam correção de tamanho e simetria das orelhas, ou outros procedimentos pertinentes, de acordo com o objetivo da otoplastia.
O reposicionamento das orelhas é mantido por meio dos pontos, que também são importantes para a cicatrização. Adultos e crianças costumam receber alta no mesmo dia da cirurgia.
Cuidados no pós-operatório
Para que os resultados da otoplastia sejam cumpridos adequadamente, é importante que todas as recomendações médicas no período pós-operatório sejam seguidas, inclusive pelas crianças, que devem ser acompanhadas de perto pelos responsáveis durante esse período.
Após a alta hospitalar, o principal cuidado que deve ser tomado é a manutenção dos curativos. O paciente precisa usar os curativos pelo tempo estipulado pelo médico — geralmente 48 horas. Depois, caso seja necessário, deve-se utilizar uma faixa elástica para manter o formato das orelhas durante o período inicial de cicatrização (30 dias).
Além disso, deve-se evitar movimentos e mudanças bruscas de temperatura durante o período de recuperação. Evitar brincos, piercings e exposição solar nos primeiros trinta dias também são cuidados importantes para o processo de cicatrização.
De modo geral, o pós-operatório da otoplastia não costuma ser doloroso. Casos leves de dor podem ser tratados com analgésicos simples, indicados pelo médico.
Quais são os riscos associados ao procedimento?
A otoplastia é considerada uma cirurgia de baixo risco, desde que todos os procedimentos sejam executados corretamente por profissionais qualificados, além de seguidas corretamente as recomendações do período pós-operatório.
Ainda assim, é importante conhecer alguns riscos, mesmo que mínimos, que estão relacionados à cirurgia, tais como:
- Problemas na cicatrização, como a formação de cicatrizes hipertróficas e quelóides;
- Infecção;
- Assimetria;
- Hematoma;
- Alergias aos materiais utilizados no procedimento;
- Maior sensibilidade nas orelhas durante algumas semanas.
Como dito, os riscos mencionados acima são mínimos e dependem muito de cada caso. Qualquer manifestação sintomática relacionada a complicações da otoplastia deve ser comunicada imediatamente ao cirurgião para que as devidas providências sejam tomadas.
Resultados da otoplastia
Com os cuidados pós-operatórios seguidos corretamente e sem o aparecimento de qualquer complicação, os resultados da otoplastia são visíveis logo após o procedimento. As cicatrizes costumam ser discretas, localizadas na parte posterior da orelha e ficam escondidas pelos cabelos e pela dobra entre o pavilhão auditivo e a cabeça.
Além disso, uma das maiores preocupações dos pacientes que fazem a otoplastia para corrigir as orelhas de abano é a possibilidade de recidiva, isto é, do problema retornar. Apesar de não ser impossível, a recidiva é incomum, não ocorrendo na grande maioria dos pacientes.
O Dr. Walter Matsumoto é cirurgião plástico e realiza diversos procedimentos, entre eles a otoplastia. Entre em contato e agende uma consulta.
Fontes:
American Society of Plastic Surgeons